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Conheça a DPOC, doença silenciosa que já matou mais de 200 mil pessoas na Bahia

17 de nov. de 2016

De forma silenciosa, ela chega e acomete cerca de 400 mil pessoas na Bahia. Causada pela exposição à fumaça, principalmente com o uso do cigarro, a DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) aparece na fase adulta, geralmente após os 40 anos de idade e não apresenta sintomas inicialmente. Com a gravidade da doença aumentando, a dificuldade de viver normalmente se apresenta, tornando difícil fazer coisas simples como subir uma escada, vestir a roupa ou outras atividades que antes eram feitas com facilidade. 
A DPOC, mesmo que diretamente ligada com o tabagismo, em 2016, tem sido a consequência dos anos 90, época que parte da população fumava. Mas o que poucos sabiam é que poderiam manifestar a doença 20 ou até 30 anos depois, diminuindo drasticamente a sua expectativa de vida. Para saber mais sobre essa doença perigosa que leva mais de 200 mil pessoas na Bahia a óbito de acordo com Secretaria de Saúde do Estado da Bahia, o Varela Notícias conversou com o pneumologista Aquiles Camelier.
Quando questionado sobre o que se trata a DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica), o doutor explica: “É uma doença pulmonar que obstrui as vias aéreas com inflamação, tornando a respiração difícil. O nome ‘Crônica’ se dá por não existir cura.”  Desenvolvida após a exposição prolongada dos brônquios a substâncias tóxicas presentes no cigarro ou fumaça, causa inchaço e criação de muco no pulmão, chamada de bronquite.

De acordo com o médico, os sintomas só começam a aparecer quando a doença é moderada ou grave. “Vem o cansaço para realizar as atividades, a pessoa percebe que tem um problema quando ao caminhar com outra pessoa da mesma idade, ela está cansando mais do que a outra. O cansaço começa pra subir uma escada, uma ladeira. Essa doença vai ficando mais grave e o cansaço aparece para trocar a roupa, tomar banho e até para se alimentar. Então, principalmente, [os sintomas] são a falta de ar e o cansaço. O que aparece bastante é a tosse e a produção de catarro (secreção), que chamamos de bronquite”, explica.
A doença é muitas vezes tida como algo normal para fumantes, como o pigarro após a tragada, e por esse motivo não vão procurar um médico. Ele explica: “A maioria das pessoas diagnosticadas com DPOC geralmente estão mais graves, porque quando espontaneamente procuraram um médico já apresentavam o cansaço. O ideal é qualquer pessoa que já fumou, ao fazer 40 anos, procurar um médico e fazer um teste para a doença, mesmo que sem sintomas.”
Doutor Aquiles ainda explica que a doença pode diminuir a expectativa de vida do indivíduo: “Em média, as pessoas com DPOC morrem com 60 e 70 anos de idade e a expectativa de vida do brasileiro hoje em dia é de 80. Então a doença encurta o tempo de vida em 15 – 20 anos.”

A doença não tem cura, mas existem formas de tratamento que podem ajudar a vida dos pacientes. Primeiramente, ele explica que existem dois tipos de tratamento: “É necessário parar de fumar, fazer atividade física por incrível que pareça, fazer exercícios reduz a falta de ar da DPOC). Nos casos mais avançados, a pessoa deve usar oxigênio continuamente por um tubinho no nariz (oxigenoterapia), e, em última etapa, fazer uma cirurgia de transplante de pulmão. Na parte farmacológica dos medicamentos, os mais importantes são os broncodilatadores, porque eles dilatam os brônquios – são os tubos que conduzem o ar e a pessoa respira mais facilmente. Então a falta de ar reduz muito”, conta o doutor.