Com fim do pagamento do auxílio emergencial, de 10% a 15% da população deve cair na pobreza extrema, com renda familiar per capita menor que R$ 155 por mês. Isso representa entre 21 milhões e 31 milhões de pessoas, sendo três vezes maior que o último dado disponível.
Em novembro, quando o valor do auxílio emergencial já havia sido cortado à metade, e 5% da população, ou 10,7 milhões de pessoas, viviam nessa condição de escassez extrema. Os números foram calculados pelo economista Daniel Duque, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) e divulgados pela Deutsche Welle.
O auxílio emergencial chegou a 68 milhões de pessoas, cerca de um terço dos brasileiros. O benefício pagou R$ 600 por mês (ou R$ 1,2 mil por mês para mães chefes de família) de abril a setembro, e metade desse valor de outubro a dezembro.