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Réus que acusaram Lula recebem benefícios de Sergio Moro

13 de jul. de 2017


Os outros dois réus condenados na mesma ação penal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva receberam benefícios do juiz Sergio Moro na sentença, expedida nesta quarta-feira (12). 
Ambos fizeram acusações contra o petista em depoimentos no processo. 
 
O empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, está preso desde setembro do ano passado e, pela sentença de Moro, ficará detido em regime fechado por um período de até dois anos e meio. 
 
A mesma situação aconteceu com Agenor Franklin Medeiros, ex-executivo da OAS. O réu ficará preso em regime fechado por até dois anos, independentemente do total das penas somadas. Medeiros ficou detido por cinco meses entre 2014 e 2015. 
 
Os dois ex-executivos já foram condenados em outras ações penais e negociam um acordo de colaboração premiada, que ainda não foi fechado com o Ministério Público Federal. 
 
Os benefícios concedidos por Moro, porém, precisarão ser confirmados pelos juízes da segunda instância, que vão analisar o caso de Lula. Os dois também terão que pagar multas e continuar colaborando com a Justiça. 
 
"Envolvendo o caso crimes praticados pelo mais alto mandatário da República, não é possível ignorar a relevância do depoimento de Agenor", escreveu Moro. 
 
Sobre Pinheiro, o juiz afirmou na sentença que, ainda que tardiamente, o réu contribuiu "para o esclarecimento da verdade, prestando depoimento e fornecendo documentos". 
 
"Sendo seu depoimento consistente com o restante do quadro probatório, especialmente com as provas documentais produzidas e tendo ele, o depoimento, relevância probatória para o julgamento, justifica-se a concessão a ele de benefícios legais." 
 
O empreiteiro afirmou a Moro, em abril, que o apartamento tríplex foi cedido ao ex-presidente em troca de favorecimento da OAS junto ao governo federal e que os valores correspondentes foram debitados de uma espécie de "conta-corrente da propina" do PT com a construtora. 
 
Pinheiro também já tinha sido detido anteriormente -passou cinco meses presos até abril de 2015. 


Por Folhapress