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Prisão de Cabral foi pedida após coleta de provas; lavagem de dinheiro era 'profissional'

17 de nov. de 2016
Prisão de Cabral foi pedida após coleta de provas; lavagem de dinheiro era 'profissional'
Foto: Reprodução / Globo News

Além das delações dos executivos da Carioca Engenharia e da Andrade Gutierrez, a investigação do esquema de corrupção liderado pelo ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB), a força-tarefa da Lava Jato conseguiu a quebra dos sigilos bancário, telefônico e fiscal dos envolvidos. Segundo o procurador Athayde Ribeiro Costa, do Ministério Público Federal (MPF) no Paraná, isso permitiu a coleta de provas que subsidiassem o pedido das prisões preventivas (um dos mandados, cumpridos nesta quinta, tinha como alvo o ex-governador) e temporárias. O primeiro contrato que originou o esquema envolvia serviços de terraplenagem a ser realizados pela Andrade Gutierrez. Após Cabral cobrar propina, os executivos consultaram o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, para saber se o dinheiro deveria ser pago. Costa confirmou que o repasse deveria ser feito. Por não ter dinheiro em espécie na sede do Rio de Janeiro para fazer o pagamento, os executivos foram a unidade de São Paulo para efetivar o plano. Um dos operadores do esquema, Carlos Miranda, responsável pela cobrança e recebimento da propina, foi à capital paulista com esse objetivo, afirmam os procuradores. De acordo com o Athayde Ribeiro Costa, a lavagem de dinheiro referente às movimentações do grupo era feita de forma “profissional”. Para disfarçar, foram realizadas compras de objetos de grande valor como minibuggies, eletrodomésticos, seis vestidos de festa para a então primeira-dama, Adriana Anselmo, que foi conduzida coercitivamente nesta quinta; além do pagamento de parcelas de financiamentos de veículos, em espécie. Há também depósitos fracionados na conta de Cabral e de Miranda. A Receita Federal, que também participou da operação Calicute (como foi batizada a ação desta quinta), estima que a investigação deve resultar em autos de infração relacionados a irregularidades que somam R$ 450 milhões. Miranda, que era casado com uma prima em primeiro grau de Cabral, fez a declaração de imposto de renda do ex-governador nos últimos três anos. Ainda não está confirmado se Cabral será transferido para Curitiba (PR). Até nova decisão, ele deve ficar no Complexo de Bangu.


Fonte: bahia notícias