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TEMA EM DISCUSSÃO: Criação de municípios POR OUTRA OPINIÃO / PAULO ZIULKOSKI

28 de mai. de 2015
Pensamento do Sr. Paulo Ziulkoski sobre criação de municípios. Jornal O Globo Dividir para aproximar
TEMA EM DISCUSSÃO: Criação de municípios POR OUTRA OPINIÃO / PAULO ZIULKOSKI 25/05/2015 0:00 ________________________________________ Aqueles que têm visão minúscula dirão imediatamente que a criação de municípios é uma farra com dinheiro público, pois mais municípios significa mais cargos públicos, maiores despesas e maior desperdício de recursos. Estas posições demonstram o total desconhecimento das realidades nacionais. Em primeiro lugar, a criação de um novo município representa a presença de serviços públicos em comunidades onde normalmente eles não chegam. Estudos realizados pela CNM comprovam que todas as comunidades emancipadas tiveram desenvolvimento considerável imediatamente à emancipação, pois ela significa no mínimo o surgimento de uma escola pública, um posto de saúde, uma creche, uma agência bancária e ligação às redes de comunicação. A proximidade dos governos gera o progresso e fomenta desenvolvimento. E não aumenta despesas, pois o fundo que reparte os tributos é o mesmo, não aumenta, não é majorado porque novos municípios foram criados. Não se criam ou majoram novos tributos porque novos municípios passaram a existir. Se, no entanto, os que são contra a divisão territorial se insurgirem com base na criação de novas estruturas de governo, temos que concordar pois efetivamente isto acontece. Não porque os gestores dos novos entes assim o queiram, mas porque a legislação existente e os procedimentos das demais esferas de poder assim o impõem. Os ministérios não repassam recursos se os municípios não tiverem secretarias correspondentes em pleno funcionamento. Isto sim, obriga a ampliação desnecessária da máquina governamental. A CNM não é contra a criação de novos municípios e o faz com base nas experiências internacionais que comprovam que o desmembramento do poder traz benefícios ao povo, porque aproxima os serviços públicos e as estruturas de governo da população. A Espanha tem mais de 8 mil municípios; Portugal, 3 mil; a França, aproximadamente 33 mil. Ocorre que os municípios desses países se organizam de acordo com as necessidades de suas populações e suas estruturas administrativas são do tamanho dos seus problemas e necessidades. A imensidão do nosso território precisa que mais municípios sejam criados. Mas efetivamente onde eles são necessários e onde sua existência venha beneficiar as populações. Para tanto é fundamental a elaboração de legislação adequada, resultante de estudos técnicos da realidade das diversas regiões e da compatibilidade entre ações governamentais e fomento ao desenvolvimento como fonte geradora de emprego e renda, e supridora de vulnerabilidades que possibilitarão ao Estado brasileiro a superar as imensas desigualdades no trato dos seus cidadãos. Paulo Ziulkoski é presidente da Confederação Nacional de Municípios.