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Nike pressiona CBF contra 'amarelinha' em clubes

29 de jan. de 2014
Em uma visita denominada por ele mesmo como de ‘cortesia', José Maria Marin passou por Belém na semana passada e foi recepcionado por uma série de dirigentes, dentre eles, o presidente do Remo, Zeca Pirão, que lhe entregou uma camisa comemorativa do clube alusiva ao tetracampeonato mundial da seleção de 1994.
O encontro aconteceu na terça-feira. Na quinta-feira, o time paraense recebeu uma ligação do gerente de marketing da Umbro, Eduardo Dal Pogetto, pedindo que as vendas do uniforme fossem suspensas e que a equipe não o utilizasse no clássico com o Paysandu, no domingo, conforme previsto.
O motivo? Uma notificação extrajudicial por parte da CBF.
O diretor de futebol do Remo, Thiago Passos, sorri com a coincidência. "Te confesso que, pelo o que o advogado passou, teve relação direta (com a lembrança ao Marin). Ele esteve na terça, foi presenteado com a camisa e, na quinta-feira, recebemos o comunicado da Umbro".
No mesmo dia, Atlético-PR e Chapecoense também foram alertados pela empresa de material esportivo para não recorrerem aos modelos inspirados na seleção brasileira até que a situação seja revertida. O Palmeiras, que também entrou em campo com camisa semelhante produzida pela Adidas no ano passado, é outro que corre risco. Em contato com a reportagem, o advogado Gustavo Piva de Andrade, do escritório Dannemann Siemsen e que presta serviços para a CBF neste caso, explica o imbróglio.
"A situação (do Palmeiras e da Adidas) existiu, mas é uma questão que está sendo examinada. Foi tratada internamente. Não posso dar mais detalhes neste momento", diz ao ESPN.com.br.
A camisa palmeirense homenageava o time do clube que representou o Brasil na inauguração do Mineirão em 1965 e foi utilizada em jogo contra o São Caetano, pela Série B. A novidade gerou a insatisfação da Nike, patrocinadora da CBF, que cobrou da entidade uma medida para zelar pela exclusividade sobre o uniforme da seleção. O mesmo aconteceu agora em relação à Umbro, porém, não está descartado um acordo entre as partes.
"Estou confiante. Acredito que fechamos isso em uma semana. A gente tomou conhecimento de que essas peças (da Umbro) estavam sendo produzidas e comercializadas três semanas atrás. Fizemos a notificação, mas ela demora um pouco para chegar e para haver a resposta. Pedimos para a Umbro não usar mais a camiseta com o desenho da seleção brasileira", afirma Gustavo Piva.
O vice-presidente da Chapecoense, João Carlos Maringá, alega que o uniforme foi confeccionado com o aval da CBF e estranha o movimento. Ele deseja comercializar pelo menos todo o estoque existente nas lojas do clube.
"Foi pedida a autorização da CBF. Não foi feito sem a aprovação deles. O que aconteceu foi que a Nike reivindicou com a CBF e a gente vai deixar para nossos advogados e a Umbro resolverem. Queremos vender o restante do material que temos aqui", conta.
A entidade nega ter sido consultada a respeito. O Atlético-PR prefere deixar para as marcas se entenderem.
"A Umbro tem a licença para comercializar nossos uniformes. Recebemos a informação deles sobre esse modelo. Não fizemos nada. Só acatamos. É uma situação entre a Umbro e a CBF", se esquiva Mauro Hollzman, diretor de marketing rubro-negro.
Segundo o ESPN.com.br apurou, a empresa britânica argumenta que a concorrente americana não conta com a propriedade intelectual sobre o uniforme utilizado pelo Brasil na Copa do Mundo de 1994. Procurada pela reportagem, ela preferiu não se pronunciar a respeito. A Nike também não respondeu até o fechamento da matéria.