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Polícia investiga convites para suicídio coletivo em escolas de Fortaleza

29 de nov. de 2021

                                     

                                                             Foto: Adrian Swancar/Unsplash 


Uma investigação foi aberta pela Polícia Civil do Ceará para apurar convites de suicídio coletivo de alunos de escolas privadas de Fortaleza, através de mensagens que circulavam nas redes sociais. As publicações começaram a ser compartilhadas em 17 de novembro deste ano. As informações são do Jornal Folha de São Paulo.

Eram divulgadas informações de data, hora e local onde seriam realizados os suicídios coletivos, segundo o Ministério Público do Estado do Ceará. Depois disso, a Promotoria da Infância e da Juventude instaurou um processo para acompanhar e apurar as informações coletadas.

A Delegacia da Criança e do Adolescente definiu o episódio como “ato infracional análogo ao crime de indução ou instigação ao suicídio”. Os suspeitos já foram identificados e as oitivas estão sendo realizadas, s​egundo a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social. No Código Penal brasileiro, a pena de reclusão varia de 6 meses a 6 anos, podendo ser duplicada se a vítima for menor.

O Departamento de Proteção aos Grupos Vulneráveis e o Departamento de Inteligência Policial, da Polícia Civil, colheram depoimentos na última segunda-feira, 22.

A falta de políticas de controle das redes sociais e o uso desregulado por crianças e adolescentes podem potencializar casos de suicídio e automutilação, na opinião do presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Ceará, professor Airton de Almeida.

“A gente percebe a dificuldade dos pais em questionar ou vigiar os filhos, pois estão sempre ocupados com o trabalho. As crianças e adolescentes, que não estudam em tempo integral, passam o restante do dia nas redes sociais, recebendo todos os tipos de informações”, afirmou, em entrevista à Folha.

Ainda segundo Almeida, séries de televisão, jogos online e ideologia de gênero também colaboram com o espectro do comportamento suicida. “Sempre aparece uma coisa nova. Tem a série da batatinha frita 1, 2, 3 (“Round 6″), já teve o jogo da baleia-azul. Isso cria um martírio emocional nas nossas crianças”, afirma o professor.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta o suicídio como a segunda causa de morte mais recorrente entre adolescentes e jovens no mundo. Fonte: Correio