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Bolsonaro quer alterar nome do Bolsa Família para dissociar programa de Lula

28 de jun. de 2021

 De olho em uma estratégia que contorne o desgaste do governo para as eleições de 2022, o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) objetiva uma reformulação do programa Bolsa Família, pensando também em uma tentativa de minimizar a força histórica do ex-presidente Lula (PT), seu provável adversário, na região Nordeste.


O Planalto avalia a estratégia como uma das possibilidades para evitar uma nova derrota de Bolsonaro no Nordeste por ampla margem, como em 2018 quando foi derrotado por Fernando Haddad na região.

De acordo com interlocutores do Planalto ao jornal Folha de S.Paulo, o programa, criado na gestão do ex-presidente Lula em 2003 a partir da unificação de diferentes áreas sociais, deve ser turbinado e terá seu nome alterado já que ainda é fortemente associado a Lula e ao PT.

Bolsonaro já ventilou a intenção de aumentar a renda do programa em outras ocasiões, como em meados deste mês, quando afirmou que o Bolsa Família deve ter um aumento de 50% no valor destinado para as famílias de baixa renda.

“No tocante ao Bolsa Família, tivemos uma inflação durante a pandemia no tocante aos produtos da cesta básica em torno de 14%, você teve item que subiu até 50%, sabemos disso. E o Bolsa Família, a ideia é dar um aumento de 50% para ele em dezembro. Passaria de, em média, R$ 190 para R$ 300. É isso que está praticamente acertado aqui”, disse à epóca.

A última pesquisa Datafolha, realizada em maio, mostrou que apenas 17% da população no Nordeste avalia o governo Bolsonaro como ótimo ou bom, enquanto 30% veem como regular, e 51% ruim e péssimo.

A tentativa de aproximação de Bolsonaro com a região também fica explícita com as constantes visitas, quatro nos últimos dois meses, relacionadas à inauguração de obras ou assinatura de ordem de serviço nos estados da Bahia, Alagoas, Piauí e Rio Grande do Norte.