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Eleição redesenha mapa da gestão nos 20 maiores colégios eleitorais na Bahia

7 de nov. de 2016
Encerradas as eleições municipais, o resultado dos vinte maiores colégios eleitorais da Bahia indica que os partidos da base do governador Rui Costa (PT) venceram em 13 municípios enquanto as duas principais siglas de oposição ao governo do estado, DEM e PMDB ganharam em sete.
Ocorre que como venceram nos principais colégios eleitorais baianos, a dupla DEM/PMDB vai administrar os municípios com mais eleitores e com as maiores receitas.
Os vinte maiores municípios possuem um total de 4.255.119 eleitores, que equivalem a 40,2% do total do eleitorado baiano, de 10.570.085, e têm como receita um total de R$ 14,650 bilhões.
O DEM e o PMDB terão os prefeitos das maiores cidades e, por isso, vão gerenciar a maior parte do bolo orçamentário dos vinte municípios: 67,6% das receitas anuais totais, cerca de R$ 9,89 bilhões.
Os partidos da base do governador vão gerenciar nas 13 prefeituras R$ 4,76 bilhões, equivalentes a 32,4% dos vinte maiores colégios eleitorais do estado.

Municípios
O DEM venceu em Salvador, maior colégio eleitoral baiano com 1.948.154 eleitores, em Feira de Santana, segundo maior com 397.590, Camaçari (4°) com 158.125, Barreiras (11°) com 94.612 e Alagoinhas (12°) com 94.177.
O PMDB ganhou em Vitória da Conquista, terceiro maior colégio eleitoral baiano com 230.598 eleitores, e em Valença (17°), que conta com 62.262 votantes.
Somados, os dois partidos vão administrar 70,16% do eleitorado dos vinte maiores colégios eleitorais baianos.
Entre os partidos da base de Rui, o PT ganhou apenas em Lauro de Freitas (8°maior colégio). O município da Região Metropolitana de Salvador (RMS) possui 118.561 eleitores.
O PSD, em Ilhéus (7°) 135.424; Teixeira de Freitas (9°) 103.123; Porto Seguro (13°), 87.438; Paulo Afonso (14°) 79.759; Eunápolis (15°) 76.567 e Santo Antonio de Jesus (19°) 61.187; o PCdoB venceu em Juazeiro (6°) com 146.385; o PP elegeu prefeito em Simões Filho (16° colégio eleitoral) 79.514 eleitores e Candeias (18°) 61.488; O PDT em Itabuna (5°) 150.221; o PSB em Jequié (10°) 109.526 e Guanambi (20°) 60.408.
No país
A análise nacional do resultado das urnas em todo o país mostra que o PT sofreu a pior derrota entre todas as legendas do ponto de vista eleitoral e de receitas administradas.
Em número de prefeituras, a queda fará o partido voltar 12 anos no tempo. Em 2004, dois anos após Lula ter sido eleito presidente pela primeira vez, e antes do escândalo do mensalão, o partido elegeu 411 prefeitos.
O número continuou crescendo nas eleições seguintes, até os 644 do último pleito, em 2012. Agora, apenas 256 petistas foram eleitos. No segundo turno o PT disputava em sete municípios. Perdeu em todos. Atingido em cheio pela Operação Lava Jato e diante das novas regras eleitorais, com campanha mais curta e sem doações de empresas, o PT lançou menos candidatos neste ano e sofreu para levantar fundos.
A desidratação e encolhimento do PT nas urnas também significam menos receita e população administrada. A queda de valores orçamentários administrados pelo partido, a partir de dados do Tesouro, será de 86%. De R$ 110,5 bilhões, agora o PT passará a administrar R$ 15,8 bilhões nas 256 prefeituras que conquistou.
PSDB
Já o PSDB terá um salto de 138% no total de receitas administradas, além de influência sobre uma população de 37,5 milhões de pessoas, um aumento de 45% em relação à última eleição e o maior contingente entre todas as legendas.
No primeiro turno das eleições 2016, o PSDB – que ficou em terceiro lugar na lista de mais votados em 2012, atrás do PMDB e do PT – foi o partido que conquistou mais votos dos eleitores.
O aumento de número de municípios administrados, de acordo com informações divulgadas pelo Estadão Conteúdo logo após o pleito, significa que o PSDB vai gerir, a partir de 2017, o maior orçamento comparado aos demais partidos.
Dos atuais R$ 57,3 bilhões, a sigla passará a ter responsabilidade sobre R$ 136,2 bilhões em todo o País.
O DEM e o PMDB também conseguiram aumentar os orçamentos geridos por cada sigla. Enquanto o DEM terá acréscimo de 16% nos valores administrados pela legenda, o PMDB de Michel Temer alcançou orçamento 10% maior do que o avalizado depois das eleições
de 2012.
Câmaras
O PMDB foi o partido que mais elegeu vereadores no país nas eleições deste ano, mas foi também um dos que mais perdeu, em números absolutos, em relação a 2012. O partido terá 7.551 vereadores espalhados pelas cidades do Brasil, ante 7.825 do pleito passado.
Terceiro partido com o maior número de vereadores em 2012, com 5.067, o PT perdeu 45% das cadeiras. Terá 2.795 no ano que vem.
O PSDB, por sua vez, aproveitou a queda dos dois grandes partidos e fez mais vereadores nestas eleições. São mais de 200 a mais: 5.355 ao todo. PTN, PHS e PRB são os partidos com o maior aumento em relação às últimas eleições.