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Menino de cinco anos morre ao cair do 26º andar de prédio na Grande SP

17 de set. de 2015

A mãe disse que deixou o menino dormindo, sozinho, em casa. 
A principal linha de investigação é que houve um acidente.

Veruska DonatoSão Paulo

Um menino de cinco anos morreu ao cair do 26º andar do apartamento onde morava com a mãe, em Taboão da Serra, na Grande São Paulo. A mãe de Gustavo Souza Storto disse à polícia que deixou o menino dormindo, sozinho, em casa. A principal linha de investigação é que houve um acidente.
Os vizinhos ouviram um barulho no pátio do condomínio de classe média, por volta de meia noite. No chão estava o corpo de Gustavo. “Eu estava assistindo jogo. Aí eu saí pra fora pra tomar um ar e de repente escuto a janela abrir e um vácuo muito forte caindo. Pensei que era umas bandejas, sei lá, alguma coisa, quando vi uma mochilinha e um corpinho caído”, relata o vizinho Reinaldo Costa Junior.
A mãe disse à polícia que tinha saído para buscar o namorado na estação Morumbi, a cerca de sete quilômetros de distância, e que deixou o filho Gustavo dormindo. Ela disse não saber exatamente a hora em que voltou para casa, mas afirmou que estacionou no subsolo e foi para o apartamento, uma cobertura no 26º andar.
No depoimento, a mãe disse ainda que estranhou, porque todas as luzes da casa estavam acesas e que ela e o namorado foram em direção ao quarto do menino. Ao passar pelo banheiro, a mãe disse que viu duas cadeiras pertinho da janela, uma grande e uma pequena - de criança - em cima. A mãe disse que ficou desesperada, tirou a cadeira pequena e olhou pela janela. Foi aí que viu o corpo do filho.
A janela do banheiro fica a 1,60 metro de altura, tem 60 centímetros de largura e abre bastante. O pai de Gustavo, Giovanni Storto, passou a manhã no Instituto Médico Legal, junto com os pais dele e amigos. Ele e Juliana, a mãe de Gustavo, estavam separados há menos de quatro meses.
Giovanni não quis gravar entrevista, mas disse que estava muito abalado. Ele respondeu somente a algumas perguntas, com voz baixa, pausada e emocionada. Disse que guarda só momentos felizes ao lado do filho e que acredita que a morte dele foi um acidente trágico.
Dois vizinhos disseram à equipe do Jornal Hoje que ouviram uma briga entre o casal momentos antes do acidente. Por meio de nota, a Secretaria de Segurança informou que uma pessoa que deu entrevista dizendo que tinha ouvido brigas desmentiu isso no depoimento e disse que ouviu somente o choro da criança. Segundo a nota, o menino estava com uma lancheira, que foi apreendida pela polícia.
A mãe passou a madrugada prestando depoimento. O caso foi registrado como morte suspeita. Os celulares da mãe e do namorado foram apreendidos pela polícia, que vai investigar as mensagens trocadas pelo casal. A polícia também requisitou as imagens do sistema de segurança para checar os horários que a mãe saiu, que a criança caiu e que o casal voltou e vai ouvir moradores e funcionários. 
O pai do menino não foi ouvido formalmente, mas os policiais que foram ao IML conversaram com ele. Gustavo vai ser enterrado em Itapevi, na Grande São Paulo.
Os investigadores aguardam por três laudos da perícia: um que vai dizer se o menino tinha condições de empilhar as cadeiras e subir sozinho até a janela. Outro, que vai analisar a trajetória do corpo durante a queda, e o terceiro que vai dizer se o garoto foi agredido antes de cair. A polícia disse que o caso está sendo tratado como fatalidade e que ainda não há nada que indique que se trata de um crime.
http://g1.globo.com/