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Acusado de agressão sexual, Daniel Alves joga futebol na prisão e funcionários param para assistir

30 de jan. de 2023

 


Detido em Barcelona desde o dia 20 de janeiro após ter sido acusado de agredir sexualmente uma jovem de 23 anos, Daniel Alves está se adaptando as atividades da prisão. Segundo o jornal espanhol La Vanguardia, o brasileiro de 39 anos se animou para jogar uma partida de futebol com seus companheiros no Centro Penitenciário de Brians 2.

Ainda de acordo com o portal, funcionários, profissionais externos, pessoal da direção e todos os internos do módulo ficaram sabendo da partida e pararam para assistir Daniel Alves jogar. A movimentação foi tanta que as autoridades do Centro Penitenciário decidiram colocar uma tela que impedisse a visão dos vizinhos do jogador.

O intuito da tela era para que a prisão voltasse a normalidade, os vizinhos do jogador retornassem às suas atividades e Alves continuasse jogando futebol sem tantos torcedores entusiasmados. Esta foi a primeira vez que o ex-lateral direito do Pumas encostou em uma bola desde que foi preso.

Na quinta (26) e na sexta-feira (27), Daniel Alves recebeu a visita de seu novo advogado, Cristóbal Martell, e de seu sócio, Arnau Xumetra, para preparar sua defesa do caso. Contudo, o jogador terá que lidar com evidências que pesam contra sua versão dos fatos. Da contradição no depoimento aos vídeos divulgados pela boate, confira o que pode pesar contra o jogador.

Contradição no depoimento de Daniel: Segundo o jornal “El Periodico”, de Barcelona, o jogador mudou sua versão sobre o caso em depoimento ao Tribunal de Justiça, o que não caiu bem para o júri do caso. Dias antes, havia alegado desconhecer a vítima à polícia e em entrevista a um programa espanhol. No depoimento, porém, teria afirmado que houve a relação, mas alega que foi consensual. Segundo a rádio espanhola “Cadena Ser”, a defesa do jogador pede um novo depoimento.

Depoimento contundente da mulher: Ao mesmo tempo, a o júri viu na suposta vítima um depoimento sem contradições, coerente com o que foi descrito por ela à polícia no dia 2 de janeiro. “O auto de prisão dá plena credibilidade à mulher, cuja declaração foi “contudente” e “persistente”, sem contradições. No juizado, explicou o mesmo que havia detalhado no dia 2 de janeiro, três dias depois dos acontecimentos, quando apresentou a denúncia”, explica o jornal “El País”.

Exames – Além dos depoimentos, a suposta vítima também passou por exames médicos no Hospital Clínic após deixar a boate. Os laudos médicos e o vestido foram entregues aos investigadores. Segundo a imprensa espanhola, foi detectada a presença de sêmen em seu vestido.

Câmeras de segurança: As câmeras da boate Sutton são um elemento importante para as autoridades que investigam o caso. Além de mostrar a suposta vítima em situação de fragilidade após a volta do banheiro da boate, o circuito interno teria registrado, segundo o “El Periodico”, que a mulher de 23 teria ficado por cerca de 15 minutos no banheiro.

Tatuagem: evidência mais recente do caso foi revelada pelo jornal “El Mundo” nesta segunda-feira. Segundo o diário, a descrição de uma tatuagem íntima do jogador pela suposta vítima teria sido elemento importante para a determinação de sua prisão. A menção à tatuagem se chocou com a versão inicial do jogador de que ele teria permanecido vestido no episódio, diz o jornal.

 

Fonte: Blog do Didi Galvão