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Mineradora rebate acusações de práticas ilegais na Bahia

26 de abr. de 2022


A Tarde 

A mineradora Brazil Iron rebateu as acusações de que estaria sendo processada por práticas ilegais e danosas ao meio ambiente, como prejuízos para os recursos hídricos em decorrência da atividade de mineração, em Piatã e Abaíra, na Chapada Diamantina. As práticas foram relatadas em reportagem do Portal A TARDE do dia 20 de abril deste mês. 

Sobre essa primeira denúncia a mineradora afirmou que possui as devidas autorizações legais para desenvolver suas atividades na Mina Mocó, "não sendo, portanto, verídico que lá ocorrem práticas irregulares". Além disso, alegou que não recebeu nenhuma notificação recente do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) e negou "veementemente que pratica atividades ilegais em Área de Proteção Permanente (APP)". 

Já em 2020, as denúncias contra a empresa foram por mineração irregular com a exploração de ferro e manganês e a instalação de forno sem filtro para limpeza do ar. Foi acusada também de quebrar as pedras - o que culminou, de acordo com os denunciantes, na criação de poeira de ferro na água e nas casas localizadas no entorno.

Sobre isso, a Brazil Iron diz que desconhece totalmente os processos e "se sensibiliza com as ocasiões em que há poeira levantada. Para tanto, colocou seis caminhões pipas para umedecer o solo e o ar diariamente".

"Com relação ao episódio do forno, que foi adquirido por ser uma tecnologia para ajudar o meio ambiente, reduzindo a produção de rejeitos, a companhia admite que o equipamento não estava operando de forma correta. Tanto que reportou o fato ao fornecedor, com quem está resolvendo as falhas na justiça. Este dispositivo está inativo desde maio de 2021 e a empresa se comprometeu a reparar os danos causados por seu mau funcionamento", disse em nota enviada ao A TARDE

Na época, os moradores relatavam que, além da poluição do ambiente, a comunidade sofria também com a poluição sonora, pois a empresa passou a trabalhar sem interrupção. A mineradora também afirmou desconhecer as ações e afirmou não ter sido notificada sobre o assunto. "A Brazil Iron afirma peremptoriamente que jamais realizou ou realizará desmontes fora do horário pré-determinado pelos órgãos reguladores dessas atividades, e que obedece às regulamentações referentes a emissões sonoras", falou. 

Sobre um embate acerca de atividades em uma comunidade quilombola, o que já foi até mesmo objeto de audiência pública rganizada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), para escutar as comunidades tradicionais da ‘Bocaína’ e ‘Mocó’, mineradora disse que "só pode trabalhar com as informações enviadas pelos órgãos oficiais. E, atualmente, não existe comunidade Quilombola registrada na Fundação Palmares com os limites delimitados pela Incra naquela região".

Apesar disso, a Brazil Iron reconheceu alguns erros e um relacionamento difícil com a comunidade da região. A empresa alegou que "nunca se furtou em assumir equívocos eventuais que ocorreram no ano passado, como quando houve o tombamento de um caminhão que acabou prejudicando a qualidade de corpos hídricos da região" e que está "buscando as melhores soluções possíveis para os problemas". 

Na nota, a Brazil Iron ainda tratou as denúncias como um ato "sabidamente político". 'Só mesmo motivações escusas e inconfessáveis desses personagens, talvez preocupados com o ano eleitoral, justificam o acintoso e sistemático ataque a uma empresa que já investiu R$ 1,2 bi na Bahia e que deve aportar mais R$ 5 bi nos próximo três anos, gerando 25 mil empregos", concluiu na nota.