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A pandemia está caindo, mas Réveillon ainda é uma incerteza

16 de ago. de 2021

 


Levi Vasconcelos

Os números negativos da pandemia estão baixando e já tem muita gente aí vendendo pacotes para o reveillon, mas Rui Costa pede cautela, diz que a situação ainda requer muitos cuidados e Leo Prates, secretário de Saúde em Salvador, assina embaixo, o cenário é de incertezas mesmo.

Leo diz que os maus sinais vem de países como EUA, China e Israel, que liberaram o uso de máscara e agora estão recuando. No tempero da piora, vem dos EUA outra má notícia agregada, o aparecimento da variante lota, 60% mais letal.

- A questão é que as cepas se proliferam mais rápido do que as nossas possibilidades de vacinar. O mundo ainda não está produzindo vacinas suficientes para a demanda.

Cenários - Leo diz que diante das circunstâncias atuais pode se vislumbrar três cenários possíveis:

1 - A pandemia regrediu, travou tudo de novo.

2 - A pandemia foi superada, liberou geral.

3 - A pandemia está sendo superada, mas o controle parcial da situação ainda é mais que necessária.

Ele acha caminhamos mais para a terceira opção. Ou seja, a volta do reveillon na estilo velho normal, só em 2023, talvez. Também nessas circunstâncias, é claro que o carnaval, já muito prejudicado, se complica mais. Leo diz que a melhor ideia até agora é a de Ivete Sangalo, de fazer num ambiente fechado com acesso controlado.

- Fundamental é termos planejamento para tudo. E estamos nos organizando.

Itanhém, um aviso do mal

O ataque por bandidos à prefeitura de Itanhém esta semana carimba a tese dos prefeitos que procuraram o secretário Ricardo Mandarino, da Segurança, para dizer que estão perdendo áreas de governança para o crime organizado.

Um deles disse que o caso é muito mais sério do que se pensa. Ou se tomam providências logo ou dentro de pouco tempo pacatas cidades vão se transformar em algo como as favelas do Rio. É grave.

Fábio, elogio no Conselho

Tão achincalhado nos últimos dias por conta do rebuliço com a dona de um restaurante que ele chamou de vagabunda e o derrubou da Secretaria da Saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas teve um pito do bem. Leo Prates, o secretário da Saúde de Salvador, pontuou detalhadamente o trabalho realizado por Fábio no combate à pandemia, ressalvando que foi uma grande contribuição.

Pois é. O problema é que a força da verborragia sujou.

Wagner e Neto no elevador

E eis que a semana fechou com um bom bastidor baiano num palco federal. Jaques Wagner e ACM Neto deram de cara num elevador do Senado.

Conversaram, desceram e ficaram pelo menos 15 minutos numa varanda batendo papo. Uma testemunha diz que eles falaram de política nacional, mas o que impressionou foi a troca de amabilidades, pareciam velhos amigos. Entre eles, claro, desejar boa sorte tem ressalvas: em quase tudo, menos em 2022.

Paolo pede aposentadoria e abre uma vaga no TCM

Discretamente, sem nada comentar com amigos, o jornalista Paolo Marconi protocolou esta semana o pedido de aposentadoria como conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios.

Sempre rigoroso, saiu da lavra de Paolo o parecer que rejeitou as contas de 2012 de Luiz Caetano, ex-prefeito de Camaçari, hoje secretário de Relações Institucionais, e o deixou inelegível, produzindo em 2018 caso único na história baiana: era deputado federal, se reelegeu, mas não levou porque estava inelegível. 

Se confirmada a saída de Paolo, no entorno de Rui Costa se diz que a vaga já tem pretendente. É Nelson Pelegrino, deputado federal licenciado, hoje secretário de Desenvolvimento Urbano. Ele não diz nem que sim, nem que não, todavia...

POLÍTICA COM VATAPÁ

Ditadura e censura

Newton Macedo Campos, o papa do folclore político baiano no fim do século passado, dizia que ditadura e censura são irmãs siamesas, andam irremediavelmente juntas. E lembrava que, no início dos anos 40, a ditadura de Getúlio Vargas tinha um dos seus tentáculos na redação do jornal O Estado da Bahia, apoquentando a vida do jornalista e médico Ruy Santos, secretário de redação (depois seria prefeito de Salvador, deputado federal cinco vezes e senador). Indagava ele ao censor:

– Me explique, amigo. Por que eu não posso usar a palavra massa?

– O termo é suspeito.

– Nem numa reportagem sobre padarias?

– Em lugar algum! Massa pressupõe agitação. Se vocês pensam que me enganam com esses ardis, perderam!

Ruy franziu o cenho, olhou o censor, ironizou:

– O nosso endereço telegráfico é Plebe. Só espero que vocês não queiram tirá-lo também.

E o censor, espantado:

– Menino, eu vi isso! Até nos endereços eles se infiltram! Plebe é agitação, é a mesma coisa de massa! Você vai tirá-lo e é já