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Uso excessivo de tecnologias é prejudicial e está ligado a outras doenças

10 de mar. de 2021

 


Mais da metade da população mundial está conectada à internet. Segundo um relatório produzido por agências de marketing digital especializadas em mídias sociais, mais de 4,5 bilhões de pessoas utilizam as plataformas digitais.

Por ser algo recente na humanidade, o uso das tecnologias como algo prejudicial ainda está sendo estudado na comunidade científica. De acordo com o psiquiatra Mateus Freire, o maior problema é quando o consumo na internet é excessivo e se torna uma dependência.

"Quando a gente fala de dependência, a gente fala de uma síndrome, ou seja, um conjunto de fatores que determina se existe um problema ou não. A gente já conhece dependência a drogas, álcool, jogos de azar, mas a dependência tecnológica é muito nova", explicou o psiquiatra em entrevista para o 'Isso é Bahia', na rádio A TARDE FM, na manhã desta quarta-feira, 10. 

Mateus destaca que o uso excessivo das tecnologias está associado a outros problemas de saúde, como transtorno de ansiedade, transtorno de humor, problema no sono e no aprendizado.

"Já acompanhei casos de crianças e adolescentes que o uso do computador, do celular, de algum jogo eletrônico, acaba invadindo todos os domínios da pessoa e ela fico obsessiva com aquilo. Além disso a pessoa perde interesse por outras atividades, começa a prejudicar os estudos, quer deixar de ir para a escola, se torna irritável ou até agressiva quando o uso é interrompido", salientou o especialista.

O psiquiatra complementou: "Para todas as idades tenho observado muito mesmo o aumento na própria ansiedade, especialmente porque hoje em dia, por uma necessidade, as pessoas estejam muito ligadas nas notícias. Agora quando a pessoa fica várias horas por dia olhando a internet, contribui para a ansiedade e uma sensação de desespero".

Tratamento

Para o tratamento, Mateus pontua que é importante seguir dois passos: identificar se a atitude está sendo um problema e perceber se é possível controlar situação.

"Quando a gente está falando do tratamento da síndrome de independência, o primeiro passo é, geralmente, identificar se esta atitude está sendo um problema. Isso vale para álcool, cigarro, outras drogas. Este é o primeiro passo, porque depois a pessoa precisa perceber até que ponto ela está conseguindo controlar ou não. A perda de controle pode ser um sinal que tem um problema mais sério", disse.

"Se você estabelece uma meta, como acessar as redes sociais por apenas 1 hora por dia, e consegue cumprir, então está tudo sob controle. Caso contrário é necessário analisar esta parte da vida e até mesmo de uma orientação profissional", finalizou Freire.