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Investir em GNV é alternativa para reduzir custo com combustível

10 de mar. de 2021

 


Lúcia Camargo Nunes | De São Paulo

Os constantes aumentos de combustíveis têm tirado o sono de muitos baianos, em especial para quem atua nos setores de transporte, delivery e logística, entre outros. Desde o início do ano, o que os motoristas veem são aumentos assustadores, na casa dos dois dígitos. Desde janeiro, o etanol subiu 17%, o diesel, 16%, e gasolina e diesel S10, 14%. O GNV também aumentou nesse período, mas bem menos: a alta foi de 1,6%.

Na segunda-feira, 8, mais um aumento foi anunciado: as distribuidoras estão comprando a gasolina 8,8% mais cara nas refinarias, enquanto o óleo diesel subiu 5,5%. Ou seja, os preços cotados pela ANP até 6 de março, que ilustram esta reportagem, vão subir.

De acordo com Carlos Eduardo Barateiro, gestor nacional dos cursos de engenharia civil, mecânica, controle e automação e elétrica da Estácio, o preço pago pelo consumidor envolve diversas variáveis e existe, sim, uma tendência de alta.

Ele explica que são quatro grandes fatores: o custo que o produtor nacional da gasolina tem ou o custo pago pela importação, quando a gasolina é produzida no exterior; os impostos federais e estaduais; o custo do etanol que é adicionado à gasolina e as margens da distribuição e da revenda.

“O custo da produção depende basicamente do preço internacional do petróleo, que é uma commodity, regulada pelos mercados no exterior, e pelo valor da taxa de câmbio, já que os preços internacionais são definidos em USD. Tirando os impostos que são conhecidos e fixos, os demais podem sofrer variações diárias”, diz Barateiro.

A questão que se discute hoje é como deve ser feito esse repasse ao consumidor. A Petrobras tem adotado uma política de repasse automático dos custos na refinaria, e isso afeta toda a cadeia de suprimentos. “É esperado que essa política possa ser revista e os prazos para o repasse sejam dilatados, com a mudança da presidência da estatal, conforme já manifestado pelo governo federal. O preço do petróleo Brent, uma das referências internacionais, está em torno de USD 70, agora no início de março, e está em alta nos últimos seis meses – se essa tendência seguir, com certeza, haverá aumento dos preços, mas é difícil fazer essa previsão, porque há muitos interesses na fixação do preço do barril”, completa o professor.