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Estresse durante pandemia pode causar queda de cabelo e agravar doenças de pele

1 de jun. de 2020

A Tarde
O estresse decorrente da pandemia do novo coronavírus pode causar queda de cabelo e agravar doenças de pele que já existiam no paciente, segundo a dermatologista Isis Vasconcelos, que concedeu entrevista na manhã desta segunda-feira, 1º, ao programa ‘Isso é Bahia’, na rádio A TARDE FM.
De acordo com Isis, existe uma conexão do corpo humano entre a pele e os sistemas nervoso central, imunológico e endócrino. Se um deles for abalado, pode acarretar em alterações nos demais.
“Se nosso emocional não está bem, então nosso sistema de defesa e nossa pele vai se alterar. A pele é nosso maior orgão, que tem função de sentir e manifestar externamente”, explica a dermatologista.
Com isso, o estresse pode provocar diversos problemas mais leves, como queda de cabelo ou aparecimento de espinhas, e agravar doenças de pele já existentes no paciente, como dermatite seborreica, rosáceas, dermatite atópica, melasma, herpes e vitiligo.
Prevenção
Para a dermatologista Isis Vasconcelos, é importante manter um estilo de vida saudável e cuidar da saúde psicológica para evitar que estas doenças se agravem durante o período da pandemia.
“Cuidar do bem estar psicológico e da alimentação é essencial, porque a alimentação adequada está diretamente ligada à queda do cabelo. Atividade física moderada e algumas terapias que consiga fazer, com psicólogo, com práticas de meditação, por exemplo, podem ajudar a prevenir o aparecimento destes problemas”, comenta Isis.
Contudo, a dermatologista também alerta que se estressar neste período é normal e que algumas dessas consequências, como a queda de cabelo, são questões temporárias.
“Até os meus cabelos aumentaram a queda nesta fase, pra você ver que não é questão de saber o que fazer. Todos estamos inseridos em um contexto que não tem como fugir, como incerteza financeira, a mãe em algum lugar que você não tem acesso. Mas isso passa, ninguém via ficar careca. A queda de cabelo pelo estresse tem um ciclo, e este fluxo volta para a normalidade”, explica a médica.
Covid-19 x lesões de pele
Segundo a dermatologista, pesquisas recentes comprovam a ligação entre a Covid-19 e o aparecimento de variadas lesões de pele. Estas lesões podem iniciar antes, durante ou depois do momento da infecção, muitas vezes em pacientes assintomáticos.
Entre as lesões, destacam-se: placas vermelhas e arroxeadas nos dedos das mãos e dos pés, como se a pessoa tivesse uma inflamação ao redor das unhas ou fungo entre os dedos; urticária, que são placas vermelhas que coçam; descamação embaixo dos pés; e pele mais ressecada.
Acompanhamento médico
Isis também destaca a importância do paciente que apresenta lesões na pele procurar um tratamento médico, mesmo durante a pandemia e a recomendação de isolamento social.
Caso o paciente tenha medo de sair de casa, uma das opções possíveis neste momento é o atendimento via telemedicina, liberado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Porém, a médica alerta para casos onde a consulta presencial é necessária.
“Algumas doenças de pele podem ir aumentando e ficar bem grave. Pacientes com doenças que precisam de mais acompanhamento, faço telemedicina. Mas caso eu precise ver o paciente, eu peço para ele ir. Contudo, pacientes que eu não conheço, eu preciso ver e tem que ser presencialmente”, adverte.