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Lei quer a proibição de gordura trans do Brasil

5 de mai. de 2017


Gordura trans são encontrados em produtos industrializados - Foto: Raul Spinassé | Ag. A TARDE
Gordura trans são encontrados em produtos industrializados
Raul Spinassé | Ag. A TARDE

Usada para intensificar o sabor, dar maciez e prolongar a validade de produtos industrializados, a gordura trans é um dos principais inimigos da saúde. De olho nos malefícios, uma senadora de São Paulo criou um projeto de lei solicitando a proibição da gordura trans no Brasil. Se passar por todos procedimentos necessários – o próximo será na Câmara dos Deputados –, deverá entrar em vigor no país dentro de três anos, permitindo que as empresas tenham tempo suficiente de se adaptar às mudanças.
A gordura trans é um dos motivos pelos quais o índice de obesidade cresce no país, como aponta pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que comprovou que o mal acomete cerca de 82 milhões de brasileiros.
Vários estudos indicam que esse tipo de gordura eleva o nível do chamado colesterol ruim, aumentando principalmente os riscos de complicações cardíacas.
Mudança
De acordo com a nutricionista e especialista em transtornos alimentares Adriana Vernizzi, a proibição da gordura trans no Brasil irá beneficiar a população em diversos aspectos, principalmente na prevenção de doenças. “Poderemos prevenir diversas patologias, como a obesidade, melhorar a ingestão de gorduras boas e necessárias, como o ômega 3, e, consequentemente, teremos alimentos mais saudáveis”, afirma.
Para que os consumidores não comprem os produtos sem saber a sua composição, principalmente se tratando de itens que podem causar danos à saúde, desde 2006 vigora uma lei no Brasil que obriga os fabricantes a indicarem no rótulo a quantidade da gordura trans nos alimentos industrializados. Para os senadores da Comissão de Assuntos Sociais (CAS), o próximo passo é bani-la de vez das prateleiras.
Os Estados Unidos já estão em processo para proibir o uso da gordura trans de vez em seus alimentos, e o pedido foi feito em junho de 2015, pelo Food and Drug Administration (FDA), órgão regulador de medicamentos e alimentos do país. Em comunicado, o FDA informou que “os óleos vegetais parcialmente hidrogenados (PHO), principal fonte das gorduras trans nos alimentos processados, não são em geral considerados seguros para ser utilizados na alimentação humana.
Segundo Renato Lobo, médico graduado na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduado em nutrologia pela Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), é possível levar uma vida sem o consumo da gordura trans, basta procurar os alimentos que possuem uma menor quantidade do ingrediente, ou substituí-los por alimentos de origem natural.
“Os alimentos que mais possuem a gordura vegetal são os que mais consumimos, por serem mais gostosos e práticos. É muito mais simples, por exemplo, levar um pacote de bolacha para o trabalho ou juntar os amigos numa sorveteria para comemorar algum acontecimento especial. Existem opções para que haja a substituição destes alimentos em nosso dia a dia. Uma fruta ou uma castanha para consumir no lugar das bolachas são ótimas escolhas”, aconselha.
Calorias
Especialistas afirmam que o organismo não sintetiza essa gordura, o que faz com que ela se acumule no corpo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a gordura trans não ultrapasse 1% das calorias totais consumidas em um dia por uma pessoa.
“Se der vontade de comer batatas fritas, o ideal é fazê-las em casa, assim como as sobremesas, utilizando ingredientes in natura. Exclua de sua alimentação pipocas de micro-ondas e pratos congelados, como lasanhas. Apenas assim conseguirá se desfazer aos poucos da gordura trans e passar a ter uma vida mais saudável”, recomenda a nutricionista.