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Vaqueiros e criadores protestam contra proibição da ‘vaquejada’ no CE

13 de out. de 2016
Vaqueiros e criadores de cavalos e de gado protestaram, nesta terça-feira (12), contra a decisão do Supremo Tribunal Federal que tornou ilegal a vaquejada, no Ceará. Nesse esporte, o boi é solto na pista e os vaqueiros tentam dominá-lo. O objetivo é derrubar o animal numa faixa demarcada.
Manifestantes protestaram em toda a região Nordeste e em mais cinco estados. Eles temem que a proibição seja estentida e acabe com a vaquejada. "É uma cultura que vem se modernizando ao longo do tempo e, na verdade, a gente quer mostrar que a gente é um grande aliado no combate aos maus-tratos animal", disse Silvio Valença, presidente do Criadores do Quarto de Milha-PE.
Na semana passada, o STF julgou inconstitucional uma lei do Ceará uma lei que regulamentava a atividade no estado e considerou que a atividade maltrata os animais. "Eu concordo com o Supremo, sim, que provoca maus-tratos. Nós somos a favor que o Supremo tenha deliberado, realmente, a suspensão de vaquejadas", afirma Marleine Accioly, da Comissão Ética de Uso de Animais da UFRPE.
A vaquejada é o segundo esporte mais popular do Nordeste, só perde para o futebol. São mais de 4 mil competições por ano em toda a região. A prática movimenta R$ 600 milhões por ano e gera 720 mil empregos diretos e indiretos, segundo a Associação Brasileira de Vaquejada.
A Associação defende a prática e alega que as competições adotaram novas regras para proteger os animais. Os bois usam agora um protetor nas caudas, é proibido usar chicotes e esporas e qualquer ferimento no animal, é motivo para desclassificação.
Rui Guerra, da Associação Brasileira de Vaquejada afirma que os cuidados contra os maus-tratos são observados nas competições. "Para a vaquejada não parar, a gente tinha que fazer essa modificação. Para ajustar o emprego que a vaquejada gera, a maneira que a vaquejada está sendo feita, com cuidado". 
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