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Senador é acusado de espancar ex-companheira em Roraima

27 de jul. de 2016

O senador roraimense Telmário Mota (PDT) é acusado de ter agredido com chutes e socos uma estudante universitária. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, no último dia de 2015, Maria Aparecida Nery de Melo, 19, procurou a Polícia Civil em Boa Vista (RR) para registrar um boletim de ocorrênci.
No depoimento, ela disse que viveu maritalmente com o suposto agressor por cerca de três anos e meio e agora estava "sofrendo ameaças de morte". Segundo a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, ficou caracterizada "violência contra a mulher", pois as agressões foram confirmadas por exame de corpo de delito que apontou "múltiplas lesões".
O senador pedetista apontado como autor do ato violento é um dos homens mais poderosos de Roraima. Ao jornal paulista, ele negou ter agredido a garota e ter mantido relacionamento amoroso com ela.
Em novembro, o parlamentar chegou a ir à tribuna para sugerir a "agilização" de "todos os projetos de lei e outras proposições que digam respeito ao combate à violência contra a mulher e coloque na cadeia os agressores valentões". 
De acordo com o boletim de ocorrência, Maria indicou que as agressões ocorreram após acesso de ciúmes do senador durante um encontro com a família de Maria. Ele não teria gostado de cumprimentos dados a Maria por familiares. Então levou-a a um quarto, onde teriam ocorrido as agressões.
Dias após o registro da ocorrência, ela procurou a delegada Verlânia para tentar "retirar" a queixa. Na Deam, foi informada de que violência contra a mulher independem da vontade da vítima e por isso não poderia retirar a reclamação. Em seguida, no dia 22 de janeiro, Maria destituiu por escrito o advogado que a acompanhou no registro da ocorrência, Thiago Santos. Segundo o defensor, a cliente não explicou os motivos da sua decisão. O advogado afirmou: "Não tenho dúvida sobre os fatos narrados na primeira oportunidade que procuramos a polícia. Ela contou a verdade", disse.
Como Telmário detém foro privilegiado no Supremo Tribunal Federal, a delegada encaminhou os autos à Procuradoria da República em Roraima. Em 31 de maio, o caso foi enviado ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que abriu um procedimento preliminar interno.