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Substituir o açúcar por adoçante é uma boa ideia?

4 de abr. de 2019

O consumo de alimentos sem açúcar adoçados artificialmente têm crescido muito ao redor do mundo - Foto: Divulgação | Freepik
Já sabemos que o consumo excessivo de açúcar é maléfico para a saúde. E aqui incluo todos os tipos de açúcares: branco, demerara, de coco, mascavo... Todos precisam de moderação! Carboidratos, incluindo o açúcar, são os grandes responsáveis pela epidemia de obesidade, resistência insulínica, diabetes e inflamação crônica silenciosa que favorece o aparecimento de doenças como hipertensão e até mesmo o temido câncer. Então a solução seria substituir o açúcar por adoçante?

O consumo de alimentos sem açúcar adoçados artificialmente têm crescido muito ao redor do mundo, por serem de baixa caloria e pelos malefícios já conhecidos do açúcar.
Essas substâncias são frequentemente centenas de milhares de vezes mais doces que o açúcar, e apesar de terem sido considerados seguros e bem tolerados, recentes pesquisas científicas têm sugerido efeitos sobre a intolerância à glicose, ativação dos receptores do paladar doce e alterações na composição da microbiota intestinal.
O periódico Advances in Nutrition, publicou em janeiro deste ano uma revisão científica que comprova o efeito da sacarina, sucralose e estévia na alteração da microbiota intestinal! Já sabemos a importância de uma microbiota saudável na regulação do metabolismo, e por isso, temos que proteger nossas bactérias intestinais saudáveis.
Outros estudos publicados sugerem que o consumo de adoçantes pode levar à diminuição da saciedade e alterar a homeostase da glicose, estando associados ao aumento do consumo calórico e ganho de peso, contribuindo para o aumento da síndrome metabólica e da epidemia da obesidade, apesar de ainda haver controvérsias sobre seu mecanismo de ação, e sobre o desenho dos estudos.
Alguns adoçantes considerados naturais, podem por sua vez apresentar efeito probiótico, ou seja, componentes alimentares não digeríveis que estimulam seletivamente a proliferação ou atividade de populações de bactérias desejáveis no intestino, favorecendo a melhora da composição da microbiota intestinal. Esse benefício pode refletir também em melhora dos processos metabólicos, influenciando na perda de peso.
Atualmente, atribui-se essa função aos polióis como maltitol, xilitol, taumatina, isomaltose e lactitol, que ainda sim, devem ser usados com cautela, pois podem causar efeitos adversos como gases e diarreia em pessoas sensíveis.
O melhor para nossa saúde é comer comida de verdade, bichos e plantas, acostumando a sentir o sabor natural dos alimentos sem adoçar nada, nem com açúcar, nem com adoçante.
Para o efetivo controle da vontade de comer doces, precisamos treinar o nosso paladar reduzindo gradativamente a exposição a alimentos doces e adoçantes, pois dessa forma, conseguiremos dessensibilizar as papilas gustativas e aprender a apreciar o sabor natural dos alimentos. Uma dica para controlar a vontade de consumir doces, é utilizar alimentos como canela, chás como hibiscos, chá verde, alimentos amargos ou simplesmente escovar os dentes. No início é preciso fazer um esforço para a mudança e você pode estranhar, mas não demorará muito a se acostumar. Sua saúde agradece.
Quanto menos açúcar e adoçante, mais doce será a sua vida!


Dra. Manoela Oliveira de Souza é Médica do  Trabalho com pós graduação em Envelhecimento Saudável. Apaixonada pelo poder de prevenção e cura através da alimentação e estilo de vida saudáveis. Ajuda pessoas a prevenir doenças através do emagrecimento e estilo de vida saudável, sem radicalismos.

Intagram: @DraManoelaSouza

Site: www.dramanoelasouza.com.br