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Análise da Folha identificou 1.125 fraudes no Enem entre 2011 e 2016

23 de abr. de 2018
Análise da Folha identificou 1.125 fraudes no Enem entre 2011 e 2016
Foto: Divulgação / Inep

Uma análise estatística realizada pelo jornal Folha de S. Paulo utilizando dados de 3 milhões de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), aplicadas nos anos de 2011 a 2016, identificou 1.125 provas suspeitas de fraude. As provas são consideradas suspeitas por estarem dentro de grupos com padrão de respostas semelhantes, ao ponto em que é improvável, estatisticamente, não ter havido algum tipo de cola nesses casos. De acordo com a Folha, a chance de as provas serem semelhantes ao acaso é de no mínimo 1 em 1.000. Uma das fraudes identificadas foi utilizada para ingressar em medicina na Universidade Federal do Vale do São Francisco, na Bahia.  Até agora, oficialmente, o Inep e a Polícia Federal confirmaram apenas 14 casos de fraude. Tanto provas com probabilidade de cola dupla, como grupos com até 67 candidatos suspeitos, com um esquema maior de transmissão de respostas. Para fazer a pesquisa, foram considerados os candidatos que ficaram entre as 10% melhores notas. A estatística utilizada pela Folha foi aplicada para detectar cola em uma universidade da Força Aérea dos EUA, no ano passado. Foram 99 cidades em que foram encontradas suspeitas de fraude. A região do Nordeste foi a que mais concentrou provas suspeitas de um mesmo esquema. Nos casos de fraude, os alunos com desempenho semelhante acertam as mesmas questões, tem poucas questões em que um acerta e outro erra, e uma pequena parcela de questões erradas em que as alternativas marcadas são diferentes. O mais suspeito identificado pela Folha é que os suspeitos escolhem as mesmas alternativas nas questões que erram. Uma das supostas fraudes foram identificadas como Justimar Leal Teixeira, 48, que teve em 2015 padrão muito parecido com mais 24 pessoas. Uma outra estudante, do mesmo grupo de Teixeira, também foi identificada como prova suspeita. Ela ingressou em medicina na Universidade Federal do Vale do São Francisco, na Bahia, no segundo semestre de 2016. No total, foram 21 esquemas encontrados com mais de três provas iguais. Apenas Roraima não registrou prova suspeita.