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STF autoriza quebra de sigilo de ex-assessor e amigo suspeitos de intermediar propina para Temer

13 de mar. de 2018
No mesmo dia em que determinou a quebra do sigilo bancário do presidente Michel Temer (MDB), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, autorizou também o afastamento dos sigilos telefônico e telemático do ex-deputado e ex-assessor de Temer, Rodrigo da Rocha Loures (MDB) e o coronel João Baptista Lima – amigo do presidente, apontados como intermediários no recebimento de propina para Temer. A decisão ocorreu em 27 de fevereiro e corresponde ao período de 2013 a 2017. 
A medida está no âmbito do inquérito que investiga irregularidades na elaboração da Medida Provisória 595, conhecida como a MP dos Portos. Os investigadores querem saber se Temer favoreceu indevidamente o setor portuário. A decisão de Barroso ocorreu 27 de fevereiro e abrange  
Conforme apuração dos jornalistas Aguirre Talento e Bela Megale, de ‘O Globo’, o pedido da quebra de sigilo telemático ao STF partiu da Polícia Federal (PF) e também atinge o dono da Rodrimar, Antonio Celso Grecco, e o diretor da empresa, Ricardo Mesquita. A empresa tem concessões no porto de Santos, área de influência do emedebista.
A iniciativa da PF aconteceu depois que agentes encontraram na casa de Rocha Loures um e-mail do dono da Rodrimar enviado para um escritório de advocacia para tratar de pagamento de valores.  
A investigação avança sobre as conversas por e-mail entre os envolvidos no sentido recolher provas sobre eventual negociação indevida em torno do decreto presidencial, publicado em maio do ano passado e que alterou regras do setor portuário. As quebras de sigilo abrangem o período de 2013 a 2017.  
O pedido para afastamento do sigilo telefônico foi requerido pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, ainda em dezembro, e autorizado por Barroso no mesmo mês. Uma análise do celular do coronel Lima apreendido pela PF revelou doze telefonemas entre ele e Michel Temer, mas os investigadores obter mais detalhes referentes aos demais investigados.
A PF e a PGR aguardam a chegada dos dados para dar prosseguimento à investigação do caso. Como as quebras abrangeram o ano de 2013, os investigadores poderão rastrear também possíveis irregularidades na discussão da MP dos Portos — à época, Temer ainda era vice-presidente, mas serviu como interlocutor do setor portuário. O dono da Rodrimar, Celso Grecco, afirmou à PF que esteve com Temer na vice-presidência entre 2013 e 2014 para tratar de demandas do setor, acompanhado de Ricardo Mesquita.