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PF cumpre 36 mandados no Galeão contra esquema de corrupção e tráfico

19 de dez. de 2017
PF cumpre 36 mandados no Galeão contra esquema de corrupção e tráfico
Foto: Reprodução / TV Globo

Vinte pessoas suspeitas de integrar uma quadrilha de tráfico internacional de drogas foram presas na manhã desta terça-feira (19) pela Polícia Federal no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão). Batizada de Rush, a operação cumpre 36 mandados de prisão e um de condução coercitiva contra funcionários e terceirizados da Infraero e da Receita Federal. A PF afirma que esta foi a maior operação realizada no Galeão. As investigações começaram em fevereiro, quando a polícia identificou uma mala que foi despachada do Rio de Janeiro em um voo para Amsterdam, na Holanda, mas estava em nome de um casal que voou para Salvador. Devolvida ao Galeão, a mala passou pelo raio-x – descobriu-se que ela guardava 37 quilos de cocaína. Com a apuração constatou-se a existência de um esquema no qual funcionários do aeroporto escolhiam um passageiro de forma aleatória, imprimiam um tíquete em seu nome e colocavam em uma mala com drogas, que era encaminhada por um voo internacional, geralmente tendo a Europa como destino. Além do tráfico de drogas, os integrantes da quadrilha também praticavam contrabando e desvio de bebidas de aeronave. No núcleo que atuava com contrabando, as malas de voos internacionais não passavam pela Receita Federal, e por isso não passavam por vistoria – neste caso, a maioria dos voos partiam para Miami. As malas eram desviadas das esteiras dos voos domésticos, que não passam por fiscalização, e era onde as malas faziam a retirada. O esquema também incluía funcionários de empresas aéreas e da Receita Federal, que facilitavam a saída de malas com roupas, eletrônicos, e até cabelos – em alguns casos, os próprios funcionários levavam as bagagens até o passageiro na calçada do terminal. Já o núcleo de desvio de bebidas nas aeronaves tinha a participação de funcionários de empresas de “cattering” (responsáveis pelo fornecimento de suprimentos para as companhias aéreas), com apoio de vigilantes: eles furtavam bebidas dos aviões e vendiam para um grupo de receptadores.