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Brasil integra a elite mundial de profissões da área técnica

13 de nov. de 2017
Santos é responsável pela revisão e manutenção dos equipamentos e sistemas do Iberostar - Foto: Luciano da Matta l Ag. A TARDE
Santos é responsável pela revisão e manutenção dos equipamentos e sistemas do Iberostar
Luciano da Matta l Ag. A TARDE
A conquista do segundo lugar geral na maior competição de profissões técnicas do planeta, a WorldSkills, realizada no mês passado nos Emirados Árabes, colocou o Brasil na elite da área técnica mundial.
O desempenho do país na competição serve como incentivo para o técnico de automação Felipe Antônio Santos, de 24 anos. Há três anos, após concluir a formação profissional no CPC Treinamentos, em Camaçari, o jovem ingressou no mercado de trabalho tecnológico.
No Iberostar Praia do Forte, hotel localizado em Mata de São João, Santos é responsável pela revisão e manutenção dos equipamentos e sistemas da automação.
“O trabalho com automação exige muito foco. No hotel, analiso equipamentos que controlam a intensidade de luz, a temperatura da água, o alarme de segurança. Quando olho para as responsabilidades técnicas da função, percebo que a maioria dos profissionais da área são bem qualificados”, conta Felipe.
Criando oportunidades
Diante da crise econômica do país, realidade que reduz as oportunidades de emprego no setor industrial, Felipe realiza cursos de capacitação em sistemas voltados para a elétrica industrial e a instrumentação, áreas que estão integradas ao segmento da automação.
“O mercado de trabalho já não é igual ao que achei quando terminei o curso técnico, a crise afetou em cheio o ramo industrial. O técnico brasileiro precisa investir em cursos e se manter estudando, assim ele fica atualizado e abre mais espaços de atuação profissional”, diz o jovem.
Para Patrícia Evangelista, gerente de educação profissional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial da Bahia (Senai-BA), a maioria dos jovens baianos procuram formações técnicas em áreas como a automação, a eletrotécnica e a tecnologia da informação (TI). Como principal fator de escolha, existe a busca por segmentos que criem “braços” de trabalho no mercado.
“São áreas que formam técnicos aptos para atuar em diferentes ramos industriais. Elas são transversais, fazem interações práticas no mercado de trabalho. Vale lembrar que a maioria dos técnicos conciliam saberes de outros segmentos profissionais”, explica Patrícia.
Com a união entre o conhecimento em TI e os saberes obtidos na graduação em administração de empresas, Marcus Dratovsky criou a X-Testing, empresa especializada na prestação de serviços de teste de software, em 2013.
“Na área de TI, é natural você empreender. A gente tem o contato com todos os sistemas de gerenciamento de uma empresa, ficamos responsáveis por diferentes processos administrativos dos negócios, pois todos precisam da tecnologia da informação”, conta o empreendedor.
Ideias de negócios
Para Marcus, o técnico em TI utiliza no cotidiano de trabalho ferramentas que podem ser convertidas em ideias de negócios, sem que sejam necessário grandes investimentos financeiros.
“São necessários poucos recursos para se investir na área. Tem empresa que começa com cinco técnicos, em geral amigos, e cresce ao ponto de ter uns 30 funcionários, por exemplo”, diz Marcus.
Aos 54 anos, o trabalho no Parque Tecnológico da Bahia, no Trobogy, local onde está instalada a X-Testing, trouxe a expectativa de avanço do número de profissionais técnicos do estado.
“O Parque Tecnológico tem uma série de startups instaladas. Com a tendência de que cada vez mais negócios apareçam, se criam espaços de emprego”, conclui Marcus.

*Sob supervisão da editora Cassandra Barteló