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Temer, segundo Otto, é algo que nunca se viu

18 de set. de 2017

Diz o senador Otto Alencar que a República vive um momento que nunca se viu: um presidente da República impopular, com 94% de rejeição, e é o mais forte no Congresso, Câmara e Senado, como nunca se viu.
— Ele faz o que Dilma não quis fazer. Escancara os cofres.
Otto diz que avisou ao senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), presidente da Comissão Parlamentar Mista de Investigação (CPMI) do BNDES, quando se discutia a escolha do relator e cogitou-se Carlos Marun (PMDB-MS), testa de ferro de Eduardo Cunha e agora de Temer:
— Se você aceitar o Marun não tem moral para presidir esta CPMI. Ele foi lá, conversou com Temer, deu Marun. Eles querem fazer uma CPMI para constranger os delatores da Lava Jato, forjar fatos, convocar Janot e no fim dizer que Temer é um santo. Me rebelei e saí dizendo que aquilo era uma farsa para proteger um bando de políticos desmoralizados que desmoralizam mais a política.
Acompanharam Otto os senadores Cristovam Buarque (PPS-DF), Ricard0 Ferraço (PSDB-ES) e Dário Berger (PMDB-SC).
Geddel e Palocci — Para aguardar: é voz corrente em Brasília que Geddel é forte candidato a tornar-se o Palocci de Temer.
Nitroglicerina pura
O fato de ir para a reeleição em 2 outubro como candidato único é uma prova da maturidade das representações sindicais da indústria baiana num momento tão difícil. Isso é o que diz o presidente da Fieb, Ricardo Alban:
— Temos problemas externos demais. Nosso grande esforço é para voltar a alavancar a indústria. A produção vem caindo, e todos têm consciência de que o momento é delicado. E já sabemos que 2018 vai ser difícil.
Óbvio. Um presidente acuado pela justiça num ano eleitoral é nitroglicerina pura.
Procurando a saída
Se a pretensão dos acusadores de Lula é invabilizar a candidatura dele em 2018, estão quase conseguindo, segundo a senadora Lídice da Mata (PSB). Ela diz que as esquerdas devem pensar em alternativas:
— As esquerdas deveriam estar unidas em torno de um nome. Aí teríamos mais a opção do PT, e ninguém sabe se ele vai topar abrir mão, e também Ciro Gomes, que está aí.
Rui e Wagner — E por falar em Lídice, ela tenta a difícil missão de encontrar vaga na chapa de Rui Costa para tentar a reeleição.
Difícil porque uma vaga é a de Rui e outra é de Wagner. Sobram uma vaga para o Senado e outra de vice disputadas pelos aliados de Otto Alencar e João Leão. A não ser que Wagner ou Rui entrem na disputa presidencial, como cogitam alguns petistas.
Geoparque na Chapada
Lideranças de Morro do Chapéu estão correndo atrás de dar um salto adiante, transformar os 20 geosítios históricos no Geoparque do Morro do Chapéu.
Para consolidar a pretensão há um longo caminho, sobretudo em infraestrutura hoteleira e treinamento de pessoal. Odilézio Gomes, ex-prefeito, está animado:
— A Serra do Araripe é Geoparque com nove geosítios em seis municípios. Aqui temos 20 só no Morro.
Quem dá a palavra em tais casos é a Unesco, que pode botar e tirar o título.
Efeito — A causa une, aos trancos e barracos, o deputado José Carlos Araújo (PR) e o prefeito Leo Dourado (PR). Os dois eram amigos e viraram inimigos mortais.
POLÍTICA COM VATAPÁ
O inesquecível
O velho sonho de Santa Maria da Vitória e São Félix do Coribe era a construção de uma ponte ligando as duas cidades, separadas apenas pelo Rio Corrente. A ausência dela forçava uma caminhada de seis quilômetros, com muitos atropelos.
Lá um dia João Leão, então deputado federal, reunido com um grupo de aliados em Santa Maria, anuncia:
— Eu vou fazer a ponte.
Nery Batista, ex-prefeito, se animou:
— Se o senhor fizer vai ficar na história! Será sempre lembrado, como o homem que trouxe o Correio para cá!
— E quem foi que trouxe o Correio?
— Foi... Foi... Foi... Ô Edson (ex-prefeito), como é mesmo o nome do homem?
— Esqueci...
— Como é, Careca?
— Rapaz, está na ponta da língua...
— Como é, Cadu (também ex-prefeito)?
— Rapaz, não tô lembrado...
Era Manoel Novaes. Leão fez a ponte e ainda é lembrado. Por enquanto.