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VAZÃO DA BARRAGEM DE SOBRADINHO, NA BAHIA, É REDUZIDA PARA 600 M³

30 de mai. de 2017
A vazão de água da barragem de Sobradinho, no norte da Bahia, foi reduzida de 650 m³ por segundo para 600 m³ por segundo, nesta segunda-feira (29). A mudança, conforme informou a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), responsável pela operação da barragem, ainda está em fase de testes. Esse é o menor índice de vazão desde que o lago começou a operar, em 1979. A medida também é testada na usina de Xingó (SE). As duas reservas operam com águas do Rio São Francisco. Os testes para nova vazão foram autorizados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Agência Nacional de Águas (ANA).
A redução da vazão afeta os ribeirinhos e pequenos agricultores que vivem na região. O Sobradinho hoje opera com pouco mais de 13% da capacidade total, em razão da estiagem prolongada, que já dura cinco anos. Conforme a Chesf, o objetivo da medida é garantir o uso múltiplo das águas do Rio São Francisco no Nordeste. A prioridade, ainda de acordo com a empresa, é o abastecimento humano e produção de alimentos.
Segundo a Chesf, os testes de redução da vazão foram iniciados no dia 18 de maio, e são realizados de forma gradual. No dia 18, começou a primeira etapa da operação, reduzindo a vazão de 700 m³/s para 650 m³/s apenas em Sobradinho. A segunda etapa foi inciada no dia 22 de maio, e estendeu também, a redução da vazão de 700 m³/s para 650 m³/s em Xingó. A terceira etapa foi iniciada nesta segunda-feira, quando a vazão de água foi reduzida de 650 m³/s para 600 m³/s em Sobradinho e Xingó. A Chesf informou que a nova vazão será mantida nas duas usinas até novas orientações dos órgãos competentes.
Desabastecimento em Alagoas
A população de pelo menos dez municípios localizados no Agreste de Alagoas pode ficar sem abastecimento de água, devido a vazão atual do rio São Francisco. A estimativa da Companhia de Abastecimento do Estado (Casal) é que esse contingente represente cerca de 400 mil pessoas. Em reunião recente entre a companhia, Marinha e empresa responsável pela captação de água na região, a CAB Águas do Agreste, discutiram formas para garantir o atendimento à população, como o aumento do volume de água na estação localizada no município alagoano de Traipu.
Quando entrou em operação, em 2014, a estação registrava no poço de sucção uma altura de cinco metros. Atualmente, o nível de armazenamento está em 1,20 metro. Os técnicos das empresas envolvidas alegam que a dificuldade está relacionada a vazão atualmente praticada no Velho Chico, de 700 metros cúbicos por segundo (m³/s), o que indica que uma redução ainda maior causará mais prejuízos.
A alternativa emergencial encontrada pela Casal foi a instalação de duas bombas flutuantes provisórias, próximas à estação. Entretanto, uma vazão menor inviabiliza o funcionamento das máquinas. Como opção, o vice-presidente de Gestão Operacional da Casal, Francisco Beltrão, aponta a abertura de um canal, mas que necessita de uma dragagem. O diretor-geral da CAB, Guilherme Dias, informa que apenas duas bombas estão em operação, das cinco instaladas na região. A Marinha demonstra preocupação com a navegabilidade, que enfrenta sérias limitações.


Com informações do G1 Bahia e CBHSF
Fonte/Pesquisa: Blog do Geraldo José