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Sérgio Cabral pediu R$ 30 milhões para campanha, afirma delator a Moro

11 de mar. de 2017
Sérgio Cabral pediu R$ 30 milhões para campanha, afirma delator a Moro
Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou em depoimento nesta sexta-feira, 10, ao juiz federal Sérgio Moro que o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) lhe pediu R$ 30 milhões para a campanha eleitoral de 2010. O pedido, disse Costa - primeiro delator da Operação Lava Jato - ocorreu em reunião no Palácio da Guanabara. "No pedido que foi feito pelo governador nessa reunião no Palácio do Guanabara, o governador me pediu 30 milhões de reais para a sua campanha. Como seria feito esse rateio com as empresas, eu não participei disso. Mas o valor total que me foi pedido pelo governador na data da reunião foram R$ 30 milhões", afirmou. Costa depôs como testemunha de acusação na ação penal contra Cabral, acusado de recebimento de propina de R$ 2,7 milhões em contrato de terraplanagem das obras do Complexo Petroquímico do Rio (Comperj), da Petrobras. Moro o indagou sobre informação de que os executivos da empreiteira Andrade Gutierrez - também envolvidos na propina a Cabral nas obras do Comperj -, mencionaram em seus depoimentos que "havia compromisso de 1% no contrato de terraplanagem da obra". O juiz quis saber de Paulo Roberto Costa se a ele foi falado em porcentuais. Costa respondeu que o executivo da Andrade perguntou a ele se era para honrar o compromisso com o governador. "E minha resposta foi que era para honrar o compromisso com o governador". Moro quis saber, então "qual era o compromisso". "No pedido que foi feito pelo governador nessa reunião no Palácio do Guanabara, o governador me pediu 30 milhões de reais para a sua campanha. Como seria feito esse rateio com as empresas, eu não participei disso. Mas o valor total que me foi pedido pelo governador na data da reunião foram R$ 30 milhões", disse o ex-diretor. "Eu aceitei ajudar na ocasião porque ele (Cabral) era uma figura proeminente no PMDB àépoca, e o PMDB era um partido que estava me apoiando junto com o PP (na Petrobrás)", completou. A reportagem procurou o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão e a defesa do ex-governador Sérgio Cabral. Não houve retorno.

por Julia Affonso, Mateus Coutinho e Ricardo Brandt | Estadão Conteúdo