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Coreia do Sul mantém importação de carne após garantias do Ministério da Agricultura

21 de mar. de 2017
Coreia do Sul mantém importação de carne após garantias do Ministério da Agricultura
O país importa carne de frango brasileira da BRF | Foto: Divulgação

Cerca de 24 horas depois de anunciar a suspensão temporária da importação de produtos da BRF, a Coreia do Sul voltou atrás. Após obter uma confirmação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) de que ele nunca adquiriu produto estragado brasileiro, o país sul-coreano decidiu, nesta terça-feira (21), manter a compra. No entanto, a Coreia do Sul vai intensificar a fiscalização do produto, como já havia anunciado. A medida ocorre após a deflagração da Operação Carne Fraca, que denunciou um esquema composto por agentes públicos e empresários que operavam para "maquiar" os produtos, a fim de burlar a fiscalização e dar continuidade às vendas, alterando taxas e datas de validade. Com isso, China, Chile e União Europeia também anunciaram restrições à carne brasileira. Diante desse quadro, o Mapa suspendeu a licença de exportação de 21 frigoríficos que estão sob investigação. Segundo informações da Folha de S. Paulo, essas unidades estão sob um "regime de fiscalização" do governo. "Não posso simplesmente acabar com nosso sistema produtivo por uma suspeição", declarou o ministro do setor, Blairo Maggi, acrescentando que as unidades não estão na lista da Polícia Federal (PF) por adulteração de produtos. "São problemas de relacionamento de fiscais com donos de frigoríficos. Não dá para dizer que a suspeição é sobre a qualidade de produtos", ponderou. Para reverter a situação, técnicos do ministério pretendiam se reunir com chineses na noite dessa segunda (20), por teleconferência. Isso porque a China decidiu reter toda a carne do Brasil em seus portos, independentemente da fábrica de origem. Sob alegação de que não compreendeu a decisão do Chile, que também anunciou a suspensão temporária de todo tipo de carne brasileira, o governo brasileiro pretende conversar com autoridades chilenas. De acordo com a publicação, Maggi chegou a fazer ameaças ao país sul-americano ao mencionar ter autorização do presidente Michel Temer (PMDB) para retaliar o Chile em relação à importação de peixes e frutas, por exemplo. Já quanto à União Europeia, Maggi afirmou que "não há retaliação por parte dos europeus, só preocupação". Esse temor mencionado tem motivo: segundo o ministro, o mercado de exportação de carne gera em torno de US$ 15 bilhões por ano ao Brasil.