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Funk exalta atos de facção: 'Foi mídia no mundo todo, arrancamos várias cabeças'

5 de jan. de 2017
Funk exalta atos de facção: 'Foi mídia no mundo todo, arrancamos várias cabeças'
Foto: Suelen Gonçalves / G1

Um funk começou a circular pelas mídias sociais após o massacre ocorrido no domingo (1º) no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) em Manaus. A letra da música, cuja autoria ainda não foi identificada, fala em nome da facção Família do Norte (FDN), que liderou o ataque a presos do Primeiro Comando da Capital (PCC), grupo rival. “Aqui é o crime organizado. Está tudo monitorado. Fechado aos aliado, representa o nosso estado. Decretado o poder, a ordem vou te dizer. Foi batido o martelo pra ‘torar’ (matar) os PCC. O comando é um só, tá daquele jeito. Representa FDN, junto é o Comando Vermelho. Pega a visão, é a conexão”, diz o início do trecho, fazendo menção a uma ligação entre a facção e o Comando Vermelho, originário no Rio de Janeiro. O funk relata e exalta a violência do conflito, que deixou 56 mortos no Compaj e quatro em outro presídio próximo, o Instituto Penal Antônio Andrade – parte dos corpos foram degolados. “Tomamo de assalto todo o cadeião... Quem pagou de doido, sentiu o poder da Família. O bagulho foi mais doido, batemo igual galinha. Foi troca de tiros, polícia não peitou. A bala comendo solto e a Rotam (polícia) recuou. Tava tudo dominado, a cadeia em nossa mão. Os preso tudo decapitado, na quadra do cadeião”, afirma outro trecho. A música também faz ameaças ao governo e sinaliza que a ação no presídio deve ter continuidade, além de comemorar a repercussão do motim na imprensa. “Vou passando outra visão para o Estado se ligar. Nossa estrutura aqui é forte, jamais vão nos derrubar. Pode anotar, escreve o que estou falando, a força da FDN só estava começando. Então não desacredita que a guerra só começou. É a família do Norte botando o maior terror. Nós aqui é pelo certo e não aguenta safadeza. Foi mídia no mundo todo, arrancamos várias cabeças”. No final do funk, ainda é feita uma menção ao poder de fogo da facção, cujos membros são chamados de terroristas pelo autor. “Um aviso eu vou dar, então fica ligado. Somos da FDN e CV lado a lado. Respeito, bota o respeito, aos irmãos que é fechamento. Aqui só os terroristas pesadão nesse momento. Armamento de pistola, de 12 e de granada. Jogamos no seguro e não sobrou mais nada. Papo reto, meu parceiro, pode crê nós está no pique. Dia primeiro de janeiro representamos o crime. Aqui é sem palpite e também poucas palavras. É a Família do Norte em todas as quebradas. Aqui é sem palpite e também poucas palavras. Do Norte, do Amazonas, para todas as quebradas. É nóis”.