Os médicos do Hospital Regional de Juazeiro, através assembleia ocorrida em 25 de
Janeiro de 2017, deflagram nova paralisação por tempo indeterminado a partir desta quinta-feira (26),
mantendo
atendimento apenas aos casos de urgência e emergência, bem como o serviço de oncologia.
O motivo da paralisação decorre da falta recorrente de insumos e medicamentos elementares
ao atendimento básico, como luvas, insulina, glicose, antibióticos, analgésicos e até mesmo
fios de sutura, sem esquecer os salários atrasados desde dezembro de 2016.
Além disso, os médicos relatam o sucateamento dos equipamentos utilizados para fins
diagnósticos e terapêuticos, cuja reposição é de responsabilidade exclusiva da SESAB,
como ventiladores mecânicos, monitores, carrinhos de anestesia e tomógrafo, esse último sem
funcionar há mais de dois anos.
Conforme portal da transparência, o último repasse da SESAB para a empresa que administra
Hospital (APMI) foi referente ao mês de outubro, estando em atraso um montante superior a
R$11.000.000,00 (onze milhões de reais).
O Ministério Público da Bahia ajuizou Ação Civil Pública, tombada sob o n. 0504162-57.2016.8.05.0146,
onde foi deferida antecipação de tutela para determinar ao Estado da Bahia que realize o pagamento
das parcelas na data pactuada, bem como para adimplir as parcelas em atraso, no prazo
máximo de 10 dias, sob pena de responsabilização criminal e bloqueio dos valores devidos.
Até a presente data, o Estado da Bahia permanece inerte.
Frente a tal problemática que perdura há quase dois anos, os profissionais do Hospital
Regional de Juazeiro, desacreditados das promessas da Secretaria de Saúde do Estado,
depositam toda a confiança no poder judiciário.
Da redação com informações do Sindimed-BA
Fonte/Pesquisa: Blog do Geraldo José