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Atos contra alta da gasolina no México têm 6 mortos e 1.500 detidos

7 de jan. de 2017
Os distúrbios ligados a protestos contra o aumento do preço dos combustíveis no México, conhecidos como "gasolinazo", já deixaram seis mortos e mais de 1.500 detidos pelo país e continuaram nesta sexta-feira (6), embora com menor intensidade.
Diante das manifestações, saques, bloqueios de estradas e atos de violência, o presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, apelou para a compreensão da população para a decisão de "optar pelo mal menor" e afirmou que o aumento do preço dos combustíveis foi "uma decisão difícil, impopular, mas necessária".
O preço da gasolina e do diesel subiu entre 14% e 20% desde que o governo de Peña Nieto desregulamentou os preços e decretou o reajuste a partir de 1º de janeiro - o que causou a ira dos mexicanos.
O sub-secretário de governo, René Juárez, afirmou que "mais de 1.500 pessoas" foram detidas por atos de vandalismo e que "a soma de esforços dos governos [federal, estadual e municipal] está permitindo conter os atos fora da lei".
Três pessoas foram mortas no estado de Veracruz, uma no estado de Hidalgo e outra -- um policial -- na capital Cidade do México (veja mais abaixo).

Série de protestos

Até o momento, o maior protesto foi registrado em Monterrey, capital do estado de Nuevo León, onde os distúrbios e saques a lojas registrados entre a noite de quinta e a madrugada de sexta deixaram 182 detidos, 15 feridos e 27 lojas saqueadas, segundo autoridades.
"O aumento da gasolina impactou e provocou um grande descontentamento", afirmou o governador de Nuevo León, Jaime Rodríguez Calderón, ao apresentar um balanço dos motins derivados dos protestos. O governador afirmou que não permitirá mais atos de vandalismo nem saques. "Todos aqueles que participaram dos saques vão ser perseguidos", afirmou Calderón.
Em Monterrey, várias manifestações convergiram para a frente do palácio de governo do estado, reunindo mais de 10 mil pessoas. Um grupo de jovens tentou entrar no prédio e foram impedidos pela polícia.
Isso fez com que os manifestantes jogassem pedras e outros objetos contra o prédio, quebrando seis grandes vitrais com figuras de heróis nacionais que datam do início do século XX. Policiais e manifestantes entraram em conflito.
Na quarta, mais de 160 pessoas foram detidas por "atos de vandalismo" durante protestos no estado do México, segundo o governo estadual. Shoppings e lojas da região foram saqueados pela população e a polícia não interveio, segundo moradores.

Estado de Veracruz

Em Allende, no estado de Veracuz, pessoas roubaram gasolina e diesel das bombas de um posto de combustível na terça, segundo a agência de notícias Associated Press, e intimidaram frentistas que desligaram a energia do posto para bloquear as bombas.
Forças federais foram enviadas a Veracruz e conseguiram conter nesta sexta os saques na principal região turística, onde os protestos contra o "gasolinazo" tinham aumentado nos últimos dias.
Os 250 homens da Polícia Federal e da Guarda Nacional e centenas de cidadãos e proprietários de lojas da área do porto de Veracruz e Boca del Río impediram que atos de vandalismo continuassem.
O governador de Vera Cruz, Miguel Ángel Yunes, visitou o Centro Comercial Las Brisas e entregou centenas de vales de 500 pesos (cerca de R$ 75) para mães de família, como tinha prometido na quinta, quando confrontou saqueadores e ofereceu os vales para tentar apaziguar a insatisfação.